Bebê morre após aparelhos serem desligados por decisão judicial
Pardal
13 de novembro de 2023
Indi Gregory, uma bebê britânica de 8 meses de idade, morreu hoje (13), após a retirada do suporte ventilatório invasivo que a mantinha viva. Ela sofria de uma doença mitocondrial rara, que causava danos aos órgãos e tecidos do corpo.
Indi nasceu em março de 2023 e foi diagnosticada com a doença mitocondrial aos 2 meses de idade. Os médicos do hospital Queen Medical Center, em Nottingham, Inglaterra, onde ela estava internada, afirmaram que não havia tratamento para a doença e que ela não teria expectativa de vida além de alguns meses.
Os pais de Indi, Claire Staniforth e Dean Gregory, recusaram-se a aceitar o diagnóstico e lutaram para que ela recebesse tratamento. Eles conseguiram a concessão da cidadania italiana para Indi, o que lhes permitiria transferi-la para o hospital Bambino Gesù, em Roma, que se ofereceu para cuidar dela.
No entanto, os juízes do Supremo Tribunal do Reino Unido negaram o pedido de transferência, alegando que Indi não seria beneficiada com a viagem para a Itália. Eles decidiram pelo desligamento dos aparelhos que mantinha a bebê viva com o argumento de que era a única opção ética e legal.
Juizes, que decidiram desligar os aparelhos, Robert Peel, Eleanor King, Peter Jackson e Andrew Moylan.
Em comunicado divulgado pelo pai de Indi Gregory, Dean Gregory, ele disse:
"A vida de Indi terminou à 01h45. Claire e eu estamos com raiva, com o coração partido e envergonhados. O NHS e os tribunais não apenas tiraram sua chance de viver uma vida mais longa, mas também tiraram a dignidade de Indi ao falecer na casa da família onde ela pertencia.
Eles conseguiram tirar o corpo e a dignidade de Indi, mas nunca poderão tirar sua alma. Tentaram se livrar de Indi sem ninguém saber, mas garantimos que ela seria lembrada para sempre. Eu sabia que ela era especial desde o dia em que nasceu.
Claire a segurou em seus últimos suspiros.”
O caso de Indi Gregory gerou polêmica no Reino Unido e em todo o mundo. Os pais da bebê acusaram os médicos de negligência e de quererem "matar" sua filha. Já os médicos defenderam a decisão de retirar o suporte ventilatório invasivo, argumentando que era a melhor opção para Indi, que estava sofrendo e não teria qualidade de vida.
O caso também levantou questões sobre a eutanásia infantil e a autonomia dos pais em decisões médicas.
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