Helicópteros da polícia são alvejados por tiros e fazem pouso forçado na operação no Complexo da Maré

Pardal

09 de outubro de 2023

Dois helicópteros das polícias Civil e Militar foram alvejados por tiros durante uma operação conjunta na manhã desta segunda-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As aeronaves foram obrigadas a fazer um pouso forçado no Complexo da Penha, também na Zona Norte.

Segundo o secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, o pouso forçado fez parte de um protocolo de segurança para avaliar os danos causados pelos tiros. Não houve feridos.

A operação, que ainda está em andamento, tem como objetivo o cumprimento de cem mandados de prisão contra integrantes da maior facção criminosa do estado.

Crescimento do poder bélico do crime organizado

Os episódios demonstram o crescente poder bélico do crime organizado no Rio de Janeiro. Neste ano, dois helicópteros das polícias Militar e Civil já foram alvejados: um em 17 de março, na Cidade de Deus; outro no Salgueiro, em São Gonçalo, no dia 23.

Não por acaso, as duas polícias estaduais têm a previsão de gastar R$ 24 milhões este ano com seguros de sete aeronaves blindadas. Todos os contratos têm cláusulas de guerra, condições especiais mais comuns em países em conflito, como a Rússia e a Ucrânia.

Operação tem como alvo facção responsável por mortes de médicos

A operação no Complexo da Maré é focada na facção criminosa envolvida nas mortes de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na última quinta-feira, 5. De acordo com o secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, todos os integrantes da facção criminosa que têm mandado de prisão são alvos da operação.

Agentes das polícias Civil e Militar atuam na operação

Agentes dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Polícia de Choque e da Coordenadoria de Operações Especiais (Core) atuam na operação. Além de aeronaves estão sendo usados drones.