Grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselho Tutelar do DF

Grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselho Tutelar do DF
Crédito: PCDF

21 de setembro de 2023

Operação Degola desarticula grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselho Tutelar do DF

Nesta quinta-feira (21), a Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos – DRCC, deflagrou a Operação Degola, que visou desarticular grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselheiro Tutelar do Distrito Federal.

De acordo com as investigações, os cybers infratores invadiram o site da empresa, que promovia o concurso público em questão, com o objetivo de atacar especificamente a segunda fase do certame: a apresentação de documentos para verificação de idoneidade, de caráter eliminatório.

Segundo a investigação, após os atacantes invadirem a conta de determinados concorrentes ao citado cargo – em sua maioria, candidatos à reeleição –, passaram a inserir documentos errados nos campos especificados, no intuito de ocasionar a eliminação precoce daqueles, os impedindo de participarem da terceira fase do certame: a eleição por meio de voto direto, secreto e facultativo, de responsabilidade do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal – CDCA/DF.

O concurso para a eleição/seleção de conselheiros tutelares está marcado para o dia 1º de outubro de 2023, das 09h às 17h. Os eleitores manifestarão seus votos de forma secreta nos locais de votação definidos pela comissão organizadora do pleito.

A Operação Degola resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão na cidade de Santa Maria/DF. Todo o material cibernético será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística – SPI - IC/PCDF.

Foram apreendidos nas residências dos investigados: notebooks, celulares e um simulacro de arma de fogo. A operação contou com a participação de 20 policiais do Departamento de Polícia Especializada e um perito criminal da SPI/IC.

Todo o processo de investigação foi realizado em conjunto com a Promotoria de Crimes Cibernéticos do MPDFT.

Pelos crimes de falsa identidade (art. 307, CP), invasão de dispositivo informático majorado (art. 154, § 2º, CP) e associação criminosa (art. 288, CP), os cibercriminosos poderão receber pena de até dez anos de prisão.

O termo Degola é usado no sentido figurado para retratar a prática fraudulenta das oligarquias brasileiras, que interviram diretamente no resultado das eleições. Aproveitando-se da influência política, os ricos fazendeiros empossavam candidatos que não tinham ganhado democraticamente as eleições e “degolava” os candidatos da oposição, que eram impedidos de usufruir dos seus direitos eleitorais.

Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC

PCDF, excelência na investigação

Fonte: PCDF